O Estrangeiro
É um livro que, apesar de ter sido lançado em 1942, é intemporal.
Mostra que, para simplificarmos a
nossa vida, nas nossas interações sociais, somos, muitas vezes, “politicamente
corretos”, dizendo muito mais do que realmente sentimos, dizendo muito mais do
que aquilo que é. Dizendo o que os outros querem ouvir. São estas as regras do
jogo na nossa sociedade.
Meursault, o protagonista da história,
nega-se a mentir, a dizer mais do que sente, a dizer mais do que é. Mostra os
seus verdadeiros sentimentos. É um “ homem nú”, transparente. Mostra o seu
verdadeiro interior e isso fá-lo ser diferente, fá-lo ser um “estrangeiro na sua própria terra”, o
que o transforma numa ameaça para a sociedade a acaba na sua condenação.
A leitura desta obra, apesar de, por
vezes, me “arrepiar” um pouco (estamos sempre a ser avaliados pela sociedade), foi um prazer.
É, sem dúvida, um bom presente de
Natal!
Fernando Magalhães
Em 88 páginas de escrita simples, este romance de 1942, do autor do prémio Nobel em 1957, Albert Camus, argelino, conta-nos uma história passada em Argel. Uma história sem grandes emoções, mas com um final muito filosófico e passível de ser real. É que a realidade também nos surpreende todos os dias com a diversidade de crenças, ideias, opiniões posturas, ideologias, enfim… diferenças. Algumas às vezes difíceis de acreditar. Mas, é mesmo assim.
ResponderEliminarNão posso dizer que me apaixonou este livro. Apenas, concordo que o que aqui aconteceu, acontece ainda hoje na nossa realidade social.
Mesmo sem sabermos estamos constantemente a ser julgados, avaliados pelos outros. Sejam essas avaliações positivas, negativas ou mais ou menos, ou credíveis ou nada, mas com possível interferência na nossa vida. Penso que é esta a mensagem que Camus nos deixou.
A Professora
Helena Magalhães