quarta-feira, 26 de outubro de 2016


Contando uma história - EB1/JI de Pias


A atividade "Contando uma história", preparada pelo professor bibliotecário - Fernando Magalhães desta vez foi destinada à turma P2A, do professor Francisco Ramos que, prontamente, dinamizou, com esta turma, um reconto muito engraçado, juntamente com as respetivas ilustrações, que a seguir temos o prazer de publicar.


Texto coletivo – reconto da história “A semente da verdade”      

A semente da verdade


     Era uma vez um menino chamado Ping. Ele era o melhor jardineiro de toda a China. Sabia todos os segredos para obter plantas bonitas e viçosas. Sabia qual a melhor terra, a melhor água, o melhor fertilizante…
    Um dia o imperador da China sentiu-se triste e angustiado, porque não tinha filhos, nem mesmo família próxima para ser o seu sucessor. Ele adorava as plantas e os animais, então decidiu que seriam as plantas a escolher o seu sucessor.
   Os conselheiros do imperador acharam que esta ideia era tonta e ao mesmo tempo perigosa, mas o imperador da China foi firme na sua decisão.
    O imperador pensou… e pensou… até que resolveu chamar ao seu palácio todas as crianças da China. Deu uma semente a cada uma delas e o prazo de um ano, para que trouxessem a flor mais bonita de todo o império.
     Todas as crianças se sentiram ansiosas e com a ilusão que iriam ser os sucessores do imperador. Ping, quando recebeu a sua semente ficou entusiasmado, feliz e convencido que seria ele o vencedor.
    Quando chegou a casa, Ping colocou a sua semente num bonito vaso, com a melhor terra, o melhor adubo e regou-a com água nascente.
     O tempo foi passando, mas a planta não tinha germinado. Ping sentiu-se preocupado, então decidiu colocá-la num vaso maior e esperar que ela germinasse.
      Passou o outono, até que chegou o fim do inverno e... nada. A planta não germinou. Ping estava triste e aflito.
       Finalmente, chegou a primavera e com ela o fim do prazo. A planta não nasceu. Ping conversou com o seu pai, que o aconselhou a contar toda a verdade ao imperador da China, por muito triste que ela seja.
      No dia de mostrar as flores ao imperador, Ping sentia-se envergonhado e com medo de ser gozado pelas outras crianças e repreendido pelo imperador.
     O imperador viu aquelas plantas tão bonitas e viçosas, mas mesmo assim sentiu-se triste porque ainda não tinha encontrado o seu sucessor.
     Quando chegou a vez de Ping, o imperador perguntou-lhe: “Porque é que trazes um vaso vazio, se eu pedi uma bonita flor?” Ping baixou a cabeça com vergonha e contou toda a verdade: “Eu fiz o que me mandou. Coloquei a semente num bonito vaso, com a melhor terra, o melhor adubo e água nascente. Dei todos os cuidados e carinhos… mesmo assim a planta não germinou.”
   O imperador sorriu e deu um abraço a Ping. Ele estava feliz por ter finalmente descoberto o seu sucessor.
  O imperador tinha queimado todas as sementes para que nenhuma florescesse. Todas as crianças tinham trocado a semente, menos Ping.
   Ping foi anunciado imperador da China, por ter sido honesto e verdadeiro.

“Devemos dizer sempre a verdade, por mais triste que ela seja.”


     
     

Equipa da Biblioteca Escolar



"Contando uma história" - EB1/JI DE PIAS


Foi com muito entusiasmo e emoção que as crianças do ensino pré-escolar de Pias participaram na atividade “Contando uma história”, realizada pelo professor bibliotecário, Fernando Magalhães, na biblioteca da escola.

Nesta atividade, onde estiveram envolvidos os educadores Céu Pontes (Grupo PJ1) e Carla Antunes (PJ2), foi explorada a história da "Eu e o meu Papá", de Alison Ritchie e resultaram os trabalhos a seguir apresentados.




Equipa da Biblioteca Escolar

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Autor do mês de outubro 2016

Fernando António Nogueira Pessoa

Introdução

Fernando António Nogueira Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935.

Biografia resumida
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935), foi um poeta, escritor, publicitário, astrólogo, crítico literário, inventor, empresário, tradutor, correspondente comercial, filósofo e comentarista político português.
Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como "Whitman renascido", e  incluiu-o no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.
Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras em inglês (e.g., de Shakespeare e Edgar Poe) para o português, e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para o inglês.
Fernando Pessoa foi morar, ainda na infância, na cidade de Durban (África do Sul), onde o seu padrasto era cônsul. Neste país teve contato com a língua e literatura inglesa. Adulto, Fernando Pessoa trabalhou como tradutor técnico, publicando os seus primeiros poemas em inglês. Em 1905, retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de Letras. Porém, abandou o curso um ano depois.
Pessoa passou a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi também influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer. Recebeu também influências do simbolismo francês. Em 1912, começou suas atividades como ensaísta e crítico literário, na revista Águia. 
A saúde do poeta português começou a apresentar complicações em 1935. Neste ano, foi hospitalizado com cólica hepática, provavelmente causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Sua morte prematura, aos 47 anos, provavelmente aconteceu em função destes problemas, pois apresentou cirrose hepática.

O ortónimo e os heterónimos de Fernando Pessoa
Fernando Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortónimo) para assinar várias obras e pseudónimos (heterónimos) para assinar outras. Os heterónimos de Fernando Pessoa tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas. São eles:
Álvaro de Campos
Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava certo niilismo em suas obras. 
Ricardo Reis
Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.
Alberto Caeiro
Com uma formação educacional simples (apenas o primário), este heterónimo fazia poesias de forma simples, direta e concreta. Suas obras estão reunidas em Poemas Completos de Alberto Caeiro.

Equipa da Biblioteca Escolar