CONTANDO UMA HISTÓRIA
É sempre uma agradável surpresa ver o retorno do nosso trabalho. Neste caso, o fruto de uma história contada na Biblioteca da Escola Básica de Pias, pelo Professor Bibliotecário à turma P4A.
Os alunos desta turma do 4.º ano de escolaridade, sob a orientação da professora Carminda Moreira, através de um trabalho conjunto, resumiram de forma muito clara e concisa a história que ouviram, terminando com o valor moral implícito na história.
E como as ilustrações enriquecem sempre qualquer história, estes alunos complementaram o seu trabalho com um belo desenho.
Parabéns!
A Professora
Helena Magalhães
(Equipa da BE)
A semente
de verdade
Há muito tempo, na China, vivia um menino
chamado Ping que tinha um talento especial para cultivar flores. Cada planta
tocada por ele, crescia viçosa e forte.
O imperador não tinha filhos, nem parentes
próximos, para lhe suceder. Então, decidiu convocar todas as crianças do reino,
incluindo Ping, para escolher um sucessor entre elas.
O imperador gostava muito de pássaros e de
outros animais, mas preferia as belas flores. Ele próprio cultivava o seu
jardim.
No dia marcado, todas as crianças se dirigiram
ao palácio, onde o imperador lhes deu uma tarefa. Entregou-lhes sementes para
eles cultivarem, disse-lhes que o prazo era de um ano e, que o trono seria
daquele que trouxesse a flor mais formosa.
Como Ping era um excelente jardineiro, pensou
que iria cultivar a melhor flor... Porém, por mais que ele se esforçasse, a
semente não brotava da terra.
Após um ano, a semente continuava igual, sem
germinar. Ping sentia-se envergonhado por ter que apresentar o seu vaso vazio
ao imperador, perante todas as crianças.
O pai de Ping encorajou-o, dizendo-lhe que ele
tinha dado o seu melhor, aplicando todos os seus conhecimentos sobre as
plantas, por isso, deveria ir ao imperador e dizer toda a verdade, pois devemos
ser sempre honestos e verdadeiros.
Ping, depois de ouvir o pai, rumou até ao
palácio. No entanto, ao chegar, ficou assustado e nervoso, pois era a única
criança que não levava consigo uma belíssima flor.
O imperador chamava as crianças, observava as
flores, não sorria, nem mostrava contentamento.
Ping, intencionalmente, foi ficando para trás,
sendo o último da fila e, quando se apercebeu, era a sua vez!...
Ping não conseguiu evitar as lágrimas, baixou
a cabeça, pediu perdão e explicou que, por mais que se esforçasse, a semente
não brotava.
O imperador disse-lhe para não se envergonhar,
porque ele tinha feito o que era correto. Disse-lhe também que a sua grande
virtude foi dizer a verdade, pois ele tinha queimado todas as sementes e
nenhuma poderia germinar. Ele tinha sido o único que, de facto, tinha plantado
a semente da verdade, por isso, seria o futuro imperador.
Nem sempre a verdade é bonita como uma flor,
mas precisamos de encará-la com coragem, para deste modo, vencermos os desafios
que se nos apresentam ao longo da nossa vida!
P4A
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