ESCRITORA DO MÊS - MARÇO
ANA CASTRO OSÓRIO
Ana de Castro Osório foi uma escritora, especialmente no domínio da literatura infantil, jornalista, pedagoga, feminista e ativista republicana portuguesa.
Nasceu: 18 de junho de 1872, Mangualde
Faleceu: 23 de março de 1935, Setúbal
Filhos: João Osório de Castro, José Osório de Castro e Oliveira
Cônjuge: Paulino de Oliveira (desde 1889)
Pais: Mariana Osório de Castro, João Baptista de Castro
Organizações fundadas: Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, Grupo Português dos Estudos Feministas.
No início do século XX, num tempo em que as mulheres não tinham direitos, Ana Castro Osório tornou-se feminista.
A República estava a começar quando escreve e publica o primeiro manifesto feminista português. Defendia que homens e mulheres deviam ser aliados, ter igual acesso à escola e ao trabalho, os mesmos salários. Saber ler e escrever eram o princípio da mudança. Por isso, abraçou outra causa: criou manuais escolares e editou livros para crianças. Ana, o grande amor do poeta Camilo Pessanha, é considerada a mãe da literatura infantil em Portugal. Sem saber, estava a iniciar a história de um novo género literário.
Como as histórias que editou, a vida de Ana de Castro Osório é matéria fantástica para um livro.
Podia começar com “era uma vez” uma mulher corajosa e determinada que acreditava no poder da fantasia para instruir, formar e divertir os mais pequenos.
Queria trazer livros a um país dominado pelo analfabetismo.
Defendia o direito à educação e à cultura, por isso, a par da luta feminista que desenvolveu, dedicou-se também à causa da literatura.
A alfabetização seria sempre uma das grandes preocupações; queria ensinar as letras às mulheres que, no início do século XX, não podiam sequer votar. Foi em defesa do direito ao voto, à educação, ao trabalho, a ter um salário igual ao dos homens, que redigiu em 1905 o primeiro Manifesto Feminista Português.
Em 1911 escreveu “A Mulher no Casamento e no Divórcio” e colaborou com Afonso Costa, então ministro da Justiça, na elaboração da Lei do Divórcio.
- Entre 1911 e 1916 viveu no Brasil, acompanhando o marido, que fora nomeado cônsul em S. Paulo.
- Com o deflagrar da 1ª Guerra Mundial fundou a Comissão de Mulheres Pela Pátria, a partir da qual se formou, em 1916, a Cruzada das Mulheres Portuguesas.
- Em 1916 exerceu as funções de subinspectora do trabalho da 1ª Circunscrição Industrial do Ministério do Trabalho.
- Foi condecorada com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1919) e com a Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial (1931).
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