terça-feira, 11 de dezembro de 2018


CONTANDO HISTÓRIAS - EB DE PIAS

A MAIOR FLOR DO MUNDO

 DE JOSÉ SARAMAGO

Neste livro, José Saramago faz um apelo aos pequenos leitores dizendo que gostaria de ver esta história contada pelas mãos e ideias das crianças. E foi respondendo a este apelo que a aluna Bárbara Conde Silva escreve o seguinte:

A CENOURINHA CHAVETA

No tempo em que os animais falavam, havia um reino, muito rico, com várias aldeias pobres. Mas, tanto o reino como as aldeias eram poluídas e, praticamente, sem o verde normal das plantas.
Um dia, numa dessas aldeias, nasceu uma menina bela e suave, com cabelos dourados como o ouro, olhos azuis como o mar, com as ondas a chamar, com pele suave como a seda e os lábios vermelhos que nem um tomate.
Dez anos depois, quando ela era mais velha, a sua mãe disse-lhe:
- Mariana! Podes ir, se faz favor, buscar água à fonte?
- Sim mãe! Podes contar comigo! – exclamou a filha entusiasmada.
- Têm cuidado filha, há muitos ladrões. – disse a mãe à filha.
Mariana tinha um colar valioso, que nunca tirava, pois gostava muito dele.
A menina saltitava pela rua, constantemente a tossir.
Quando, de repente, alguém a agarra brutamente.
- Larga-me! Larga-me! Grita ela desesperadamente.
Repentinamente, ela ouviu um barulho e o ladrão largou-a.
- De nada! – respondeu uma voz misteriosa.
A menina perguntou confusa:
- Quem és tu? Obrigada!
Do meio do nada aparece uma cenoura. Mas, essa cenoura era diferente, pois a parte do tubérculo tinha a forma de uma chave.
- Essa parte aí é uma chave? – perguntou a rapariga.
- Sim, é! E, já agora, o meu nome é Chaveta! Quero mostrar-te uma coisa!- respondeu a cenoura.
Chaveta, de repente, diz: - Abra cadabra, pé de cabra! Repentinamente, aparece uma porta. E perguntou a cenoura: - Queres viver uma aventura?
A Mariana disse que sim. A cenoura, começou a flutuar, abre a porta e exclamou:
- Vai buscar água depressa, antes que a porta se feche porque eu vou secar e depois não te posso abrir a porta.
Mariana vai a correr buscar a água, pensando na amiga que se sacrificou por ela.
Ela enche o balde e quando sai, a amiga já estava a murchar! Ela nem pensou duas vezes e atira-lhe a água do balde por cima dela. Chaveta renasceu como uma cenoura normal.
- Obrigada! Agradeceu o vegetal.
- “Às” ordens! – respondeu humildemente a rapariga. – Agora, por favor, planta-te na minha aldeia para lhe dares um pouco de verde. Prometo que não te comeremos!
Assim foi! A linda e nobre cenoura plantou-se e aquela aldeia ficou reconhecida por aquele verde tão bonito e diferente, pois tinha o tom da amizade das duas novas amigas.

Bárbara Conde Silva, Turma P4B             

Sem comentários:

Enviar um comentário