de
António Sérgio
Eusébia e Adelina eram duas irmãs já
com certa idade. Um dia, Adelina levantou-se muito cedo, varreu o quarto e foi
apanhar alguma lenha na mata. Entretanto, avistou um pássaro e, como gostou
dele, decidiu segui-lo. A certo momento, chegou a um rio e viu uma casa por
detrás de um salgueiro. Ela viu o pássaro ir para lá e também entrou. Dentro da
casa havia uma sala muito grande onde estavam doze rapazes, cada um vestido com
um fato de seda, cada um com uma cor diferente.
Eles formaram uma roda e começaram a
cantar uma música. Um dos rapazes perguntou-lhe qual o mês que ela mais
gostava. Ela disse que gostava de todos igualmente. Então, o rapaz deu-lhe um
saco e disse-lhe que podia sair. Ela assim fez.
Quando chegou a casa, a mana Eusébia,
mal-disposta, estava a varrer o seu quarto e a irmã foi ajudá-la. Depois de acabarem,
Eusébia perguntou a Adelina o que trazia ela naquele saco. Ela disse-lhe que
ainda não o tinha aberto.
Então, lá foram as duas abrir o saco.
Dentro do saco havia muitas coisas boas; vestidos, frutos, roupas brancas muito
finas. Eusébia perguntou-lhe como tinha ido ela parar à casa daqueles rapazes.
Adelina explicou-lhe tudo.
Na manhã seguinte, Eusébia acordou
mais cedo e foi pelo caminho que a irmã lhe tinha explicado, e depressa chegou
lá. Os rapazes fizeram a mesma dança e cantaram a mesma música. Um perguntou
qual mês a dona Eusébia gostava mais. Ela respondeu que para ela eram todos
maus e não gostava de nenhum.
Tal como aconteceu à outra mana, esta
também levou um saco para casa. Quando lá chegou, trancou-se no quarto, abriu o
saco, mas dentro só havia lagartos!
Carolina Moniz, 6.ºC
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