quinta-feira, 16 de maio de 2019

Escritos do mês de maio


EMÍLIO SALGARI

Nasceu em Verona, a 21 de Agosto de 1862 Verona, falece em Turim, em 25 de Abril de 1911. Filho de uma família de modestos comerciantes, notabilizou-se escrevendo, nos últimos 15 anos da sua vida, cerca de 200 novelas de aventuras e de viagens por regiões como a Malásia, as Antilhas e as Bermudas - terras exóticas para a maioria dos ocidentais - e ainda diversos volumes passados no Far-West. Perante a diversidade das regiões onde os seus romances decorrem, poder-se-ia supor que a sua obra seria o resultado de imensas viagens que empreendera ao estrangeiro. Puro engano! Apesar da ação das suas novelas decorrer em longínquos países, realizou apenas uma viagem no mar Adriático, na costa oriental da Itália, quando frequentou, inutilmente, um curso que lhe poderia ter dado a profissão de capitão da marinha. As suas grandes fontes de inspiração foram os relatos exóticos de viajantes e exploradores do seu tempo.
Apaixonou-se perdidamente por uma jovem inglesa de família nobre que lhe haveria de servir de modelo para criar as heroínas dos seus romances. Acabou por se casar com uma camponesa, Ida Peruzzi, de quem teve quatro filhos.
Toda esta vasta produção textual não lhe trouxe desafogo económico. Viveu os últimos anos da sua vida sem recursos, tendo-se suicidado em Turim, no dia 25 de Abril de 1911.
Um dos principais heróis dos seus livros é Sandokan, presente em diversos volumes.
Um dos livros mais interessantes é, sem dúvida, As Maravilhas do Ano 2000. Escrito nove décadas antes, fez sonhar gerações de leitores que se questionavam como seria esse mítico ano. Curiosamente, a maioria das antevisões foi ultrapassada, nomeadamente, a velocidade das viagens aéreas, mas outras, como a transmissão direta de notícias através da televisão, revelaram-se bastante acertadas. Outra curiosidade deste livro consiste no facto da narrativa terminar em Lisboa, local onde as suas personagens, vindas do passado, são hospitalizadas por não aguentarem o ambiente elétrico que as rodeava. Dever-se-á salientar que, quando o livro foi escrito, a eletricidade dava os seus primeiros passos, havendo quem argumentasse que a sua utilização produzia efeitos funestos para a saúde pública.
Bibliografia
  • Os Mistérios da Selva Negra (1887)
  • O Tigre da Malásia (1883-1884)
  • Os Piratas da Malásia (1896)
  • Os Dois Tigres (1904)
  • O Rei do Mar (1906)
  • A conquista de um império (1907)
  • A revanche de Sandokan (1907)
  • A reconquista de Mompracem (1908)
  • O falso Brâmane (1911)
  • A queda de um império (1911)
  • A revanche de Yáñez (1913)
  • O Corsário Negro (1898)
  • A Rainha das Caraíbas (1901)
  • Yolanda, a filha do Corsário Negro (1905)
  • O filho do Corsário Vermelho (1908)
  • Os últimos filibusteiros (1908)
  • A Cimitarra de Buda (1892)
  • O tesouro do presidente do Paraguai (1894)
  • O continente misterioso (1894)
  • Um Drama no Oceano Pacífico (1895)
  • O Rei da Montanha (1895)
  • Os Peles Vermelhas (1900)
  • O Leão de Damasco (1942)

https://www.leme.pt/biografias/s/salgari.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Emilio_Salgari


Sem comentários:

Enviar um comentário