segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ESCREVO SOBRE UM LIVRO - EB DLDM

A FADA ORIANA

 De Sophia de Mello Breynner Andresen


“Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más.”
É assim que começa a história da fada Oriana, uma fada boa e bonita. A rainha das Fadas entregou-lhe uma grande floresta e todos os homens, animais e plantas ficaram à sua guarda. Oriana passou a dormir no tronco de um carvalho, na floresta. Acordava com o primeiro raio de sol. Diariamente, ela ajudava os pobres, tomava conta dos onze filhos do moleiro, cuidava da velha, prevenia os animais dos caçadores, libertava os pássaros das ratoeiras, regava as flores com o orvalho e arrumava a casa da velha, do moleiro e do lenhador.
O Homem Rico não tinha mulher, nem filhos nem amigos e nem cabelo. Os móveis da sala do Homem Rico pediram auxílio à Fada Oriana, porque se sentiam asfixiados. Oriana, para os ajudar, moveu a bailarina de sítio para o espelho não a ver. Ao mesmo tempo, escreveu num bloco de notas para dar alguns móveis aos pobres. Entretanto, o Homem Rico entrou na sala e dá conta que a estátua da bailarina tinha sido mudada de sítio. Ele ficou indignado e Oriana, depois de muitas tentativas para resolver o problema, deu cabelo ao Homem Rico e este ficou muito feliz.
Ora, um dia, Oriana abeirou-se do rio e salvou um peixe de morrer asfixiado que prometeu ajudá-la se ela se encontrasse em sarilhos. Por causa do peixe, conseguiu ver o seu reflexo na água e achou-se muito bela. Quando a noite caia, ia visitar o poeta que morava na floresta, a única pessoa que a podia ver. Ela contava-lhe histórias encantadas, dançava à luz da lua e enchia o ar de música e ele declamava-lhe os seus poemas. Mas a sua grande cisma era a sua beleza. Oriana estava encantada com a sua própria beleza reflectida na água. À custa disto, e por influência do peixe, deixou de visitar o poeta e, um por um, foi abandonando todos os homens, animais e plantas que viviam na floresta, menos a pobre velha, porque a ouvia falar da sua beleza enquanto fora jovem. Em virtude dos intermináveis elogios do peixe que salvara, tornou-se muito vaidosa, descuidando a promessa que fizera à Rainha das Fadas e, por isso mesmo, ficou sem varinha de condão e sem asas. E este foi o castigo pelo seu descuido. O peixe, a certa altura, deixou de aparecer, os animais já haviam partido para muito longe, assim como o moleiro, o lenhador e o poeta. Oriana foi à cidade à procura dos seus amigos, mas eles não a reconheceram sem asas e sem varinha de condão. O lenhador estava na prisão, a mulher do moleiro não sabia do filho e o poeta já não acreditava em fadas. Ela ficou muito triste, chorou, mas a rainha não a desculpou. Só lhe disse que lhe daria as asas e a varinha, quando ela fizesse algo para as merecer.
Passados dias, avistou, ao longe, a velha muito cansada e quase cega que se aproximava de um abismo. Oriana ficou muito aflita. Quando chegou à sua beira, a velha estava a cair do abismo. Oriana, mesmo sem asas, saltou do abismo e agarrou a velha pelos pés.
Nessa altura, apareceu a Rainha das Fadas que devolveu a Oriana as asas e a varinha de condão e tudo voltou ao normal.
Então, Oriana levantou a sua varinha de condão e tudo ficou encantado.
Resumo coletivo do 5º B
    


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