Este livro dá-
nos a conhecer um jovem estudante de Medicina, cheio de sonhos e de
expectativas. É precisamente no dia em que entra na sala de anatomia que se vai
deparar com um mundo com o qual não se identifica: o da insensibilidade e da
frieza dos professores perante os corpos que ali se encontravam.
Para ele, Marco Polo, aqueles seres ali estirados não eram meros objetos
de estudo, mas seres humanos que, tal como ele, tiveram também os seus sonhos,
as suas expectativas, as suas ilusões e desilusões, enfim, as suas loucuras…
Seres com uma história de vida. E que belas histórias de vida!
Nesta passagem, logo me lembrei da frase que todos nós já ouvimos ou
lemos algures e que, apesar de revelar
bem as nossas fragilidades, dela depressa nos esquecemos: “Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás
de tornar” (Gen. 3, 19).
Um dia, no meio daquele amontoado de corpos, descobre um que logo lhe
prendeu a atenção, dado o conteúdo da etiqueta de identificação: “Poeta da
Vida”. Na busca da identidade de cada um deles, descobre que este tinha sido um
grande cientista, um dos mais notáveis cirurgiões, um exímio professor
universitário e antigo diretor daquela instituição a quem a vida passou uma
enorme rasteira.
Nesta sua aventura, acaba por conhecer pessoas ilustres que se tornaram
“sem-abrigo”, vítimas de perturbações psíquicas. Já formado, mas revoltado com
a forma como estes pacientes eram tratados, vai, em nome dos seus ideais,
enfrentar profissionais de renome internacional no sentido de mudar
mentalidades. Será que vai conseguir?
Um apaixonante romance que nos
mostra como a psiquiatria, a psicologia, a filosofia, a poesia e a indústria
farmacêutica poderão andar de mãos dadas.
Aproveitem a sugestão e comecem já,
porque ler Cury é mergulhar no mundo da espiritualidade.
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