CONTANDO HISTÓRIAS - EB DE PIAS
A MAIOR FLOR DO MUNDO
Neste livro, José Saramago faz um apelo aos pequenos
leitores dizendo que gostaria de ver esta história contada pelas mãos e ideias
das crianças. E foi respondendo a este apelo que a aluna Bárbara Conde Silva escreve
o seguinte:
A
CENOURINHA CHAVETA
No
tempo em que os animais falavam, havia um reino, muito rico, com várias aldeias
pobres. Mas, tanto o reino como as aldeias eram poluídas e, praticamente, sem o
verde normal das plantas.
Um
dia, numa dessas aldeias, nasceu uma menina bela e suave, com cabelos dourados
como o ouro, olhos azuis como o mar, com as ondas a chamar, com pele suave como
a seda e os lábios vermelhos que nem um tomate.
Dez
anos depois, quando ela era mais velha, a sua mãe disse-lhe:
-
Mariana! Podes ir, se faz favor, buscar água à fonte?
- Sim
mãe! Podes contar comigo! – exclamou a filha entusiasmada.
- Têm
cuidado filha, há muitos ladrões. – disse a mãe à filha.
Mariana
tinha um colar valioso, que nunca tirava, pois gostava muito dele.
A
menina saltitava pela rua, constantemente a tossir.
Quando,
de repente, alguém a agarra brutamente.
-
Larga-me! Larga-me! Grita ela desesperadamente.
Repentinamente,
ela ouviu um barulho e o ladrão largou-a.
- De
nada! – respondeu uma voz misteriosa.
A
menina perguntou confusa:
-
Quem és tu? Obrigada!
Do
meio do nada aparece uma cenoura. Mas, essa cenoura era diferente, pois a parte
do tubérculo tinha a forma de uma chave.
-
Essa parte aí é uma chave? – perguntou a rapariga.
-
Sim, é! E, já agora, o meu nome é Chaveta! Quero mostrar-te uma coisa!-
respondeu a cenoura.
Chaveta,
de repente, diz: - Abra cadabra, pé de cabra! Repentinamente, aparece uma
porta. E perguntou a cenoura: - Queres viver uma aventura?
A
Mariana disse que sim. A cenoura, começou a flutuar, abre a porta e exclamou:
- Vai
buscar água depressa, antes que a porta se feche porque eu vou secar e depois
não te posso abrir a porta.
Mariana
vai a correr buscar a água, pensando na amiga que se sacrificou por ela.
Ela
enche o balde e quando sai, a amiga já estava a murchar! Ela nem pensou duas
vezes e atira-lhe a água do balde por cima dela. Chaveta renasceu como uma
cenoura normal.
-
Obrigada! Agradeceu o vegetal.
- “Às”
ordens! – respondeu humildemente a rapariga. – Agora, por favor, planta-te na
minha aldeia para lhe dares um pouco de verde. Prometo que não te comeremos!
Assim
foi! A linda e nobre cenoura plantou-se e aquela aldeia ficou reconhecida por
aquele verde tão bonito e diferente, pois tinha o tom da amizade das duas novas
amigas.
Bárbara Conde Silva, Turma P4B
Sem comentários:
Enviar um comentário