quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Cidade Secreta


     Durante as férias de Natal, eu li um livro espectacular: “A Cidade Secreta” de Tea Stilton.

Esta obra fala de um grupo de amigas que vão até ao Peru procurar um amigo da Paulina (uma das amigas) que desaparece em busca de uma cidade Inca. Após passarem grandes dificuldades e viverem grandes aventuras, encontram o amigo desaparecido e juntos procuram a cidade Inca.

Está na hora de descobrires se a conseguem encontrar e como...

       Recomendo a leitura deste livro, pois fala muito de amizade e também é educativo. Ficamos a saber mais sobre o Peru e sobre os Incas. Além disso todas as aventuras vividas pelas cinco amigas são muito divertidas. Não percas, é de cortar a respiração!

                                                                             

                                                                                    Carolina Soares, nº 7, 6ºC

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A árvore



Porque nutro uma grande admiração pela obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, escolhi, no 1º período, o livro “A árvore “para leitura orientada na sala de aula, nas minhas turmas do 6º ano. Este pequeno livro é composto por duas histórias: “A Árvore “e “O Espelho ou o Retrato Vivo inspiradas em dois contos tradicionais japoneses.

Para além da beleza poética com que habitualmente esta escritora nos mima, estes dois contos curtos e simples mostram-nos o respeito e o amor que os japoneses têm pela Natureza e pelas pessoas mais velhas.

Através da leitura desta obra aprendemos a olhar de forma bem diferente para coisas simples que nos rodeiam e perante as quais passámos, muitas vezes, indiferentes.

Aproveitei essa ocasião para motivar os alunos a ler um livro à sua escolha, nas férias de Natal, e desafiei-os a partilhar as suas leituras connosco.

Espero que tal aconteça em breve.

Até lá boas leituras.

                                         A profª Rosa Faria

 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SIDDHARTA
Como toda a obra de Hermann Hesse, “Siddharta” acusa um certo percurso autobiográfico, reflectindo as obsessões de um autor que gosta de fazer introspecção sobre a sua própria natureza espiritual e examinar as qualidades místicas da experiência humana. “Siddharta” é um livro de introspecção e reflexão sobre o percurso que cada um de nós pode fazer em busca da harmonia e da felicidade. Não é obra para aqueles que gostam de acção ou suspense, nem para quem não suporta olhar-se ao espelho para tentar descobrir-se e encontrar o caminho da perfeição, ou simplesmente, encontrar uma relação harmónica com a vida e consigo mesmo. “O Jovem brahaman, chamado Siddharta, empreendeu uma viagem que começa na casa de seu pai e termina num rio. Nesta aventura pessoal conhece e vive experiências que irão transformar a sua forma de entender a Verdade e a Harmonia do mundo. A história conta a viagem espiritual de “Siddharta, um jovem bramán que quer encontrar a sabedoria. Primeira, busca-a com os Bramanes, aprendendo com os mestres a doutrina budista. Porém, sentindo que não pode aprender mais e não encontrando sentido em tão elevada sublimação espiritual, vai ao encontro dos Samanas, aprendendo com estes a jejuar, a meditar e a renunciar aos prazeres da vida. Mais uma vez insatisfeito, abandona-os e parte ao encontro de Buda, grande profeta e guia espiritual do Budismo. Apesar de fascinado pela sua sabedoria e tranquilidade, afasta-se das suas doutrinas e continua a sua viagem em busca DE SI PRÓPRIO E DA PAZ INTERIOR. Posteriormente, encontra Kamala, uma mulher de beleza extraordinária que presta serviço a homens muito ricos, com a qual começa uma estranha relação de amor. Através dela converte-se num comerciante de êxito e num homem rico. Mais uma vez intranquilo com tanta lascívia e depravação, abandona Kamala e as riquezas e parte novamente em busca de SI PRÓPRIO E DA FELICIDADE. Finalmente, Junto a um rio e ao seu amigo barqueiro, homem simples e sábio, supera o sofrimento da fuga do seu filho e da morte de Kamala e encontra a harmonia e o entendimento da vida, escutando e aprendendo com o rio, símbolo da renovação e da continuidade, das vozes de todos os tempos e da unidade do Ser.” Hermann Hesse, neste livro, parece querer mostra-nos a luta intemporal do ser humano por encontrar a perfeição e a espiritualidade. Siddharta, renunciando à sua condição de jovem aburguesado e corroído por dentro pelo imperativo da posse suprema da sabedoria e da tranquilidade, busca ir ao fundo de tudo, de encontrar respostas, de saber quem é e o que quer, de desenhar a sua silhueta no mar de humanos que o envolve, de tirar todas as etiquetas que a sociedade lhe colocou. Enfim, segue o seu próprio caminho, procurando experienciar todas as formas de vida, para, na posse todas as sensações e vivências, entender a vida e encontrar a Harmonia e a Tranquilidade. Nunca chegaremos a saber se é possível a felicidade e a harmonia com o mundo e connosco, no entanto o autor da obra talvez nos queira deixar esta pista: “ cada um de nós deve seguir o seu caminho e realizar-se a si mesmo da maneira que lhe diz a sua consciência, ainda que isso seja pela forma mais simples, ou primitiva, aos olhos dos outros.”
Explicação dos Pássaros
Rui S. é um professor universitário em crise. Abandonado pela primeira mulher, com quem teve dois filhos, casou-se novamente apenas para evitar a solidão. Por conta dos rumos que escolheu para a própria vida, é desprezado pelo pai e pela família. Após visitar a mãe agonizante num hospital de Lisboa, parte de carro com Marília, sua segunda mulher, numa viagem de quatro dias em que lhe pretende pedir a separação… Ao longo desta viagem, todo o passado de Rui S. é descortinado, incluindo os detalhes da separação pedida pela primeira mulher, a inadaptação à sua família, sociedade, filhos e amigos, tudo parece levar Rui S. a um final trágico… Lobo Antunes tem uma escrita densa, labiríntica, é necessário algum esforço de leitura para não «perder o fio à meada». Ocorrem várias descrições simultâneas, tanto físicas como de pensamentos. É habitual uma realidade do passado estar misturada com uma realidade do presente. No meio de um diálogo serem inseridos diálogos imaginários ou do tempo passado. Mas a genialidade e a inteligência estão presentes em todas as páginas, em todos os parágrafos… É um desafio que vale a pena…
A Solidão dos Números Primos de Paolo Giordano



Um número primo é por inerência uma “ coisa solitária”: só pode ser dividido por si próprio e pela unidade. Nunca encaixa verdadeiramente com os outros números. Alice e Mattia são solitários por natureza e feitio…
Na infância a vida de ambos foi perturbada por episódios traumáticos. Alice é obrigada pelo pai a frequentar um curso de esqui para ser forte e competitiva, mas um acidente terrível deixará marcas no seu corpo para sempre. Mattia é um menino muito inteligente cuja irmã gémea é deficiente. Quando são convidados para uma festa de anos, ele deixa-a sozinha num banco de jardim e nunca mais torna a vê-la. Estes dois episódios irreversíveis marcarão a vida de ambos para sempre. Quando estes "números primos" se encontram são como gémeos, que partilham uma dor muda que mais ninguém pode compreender.
Este romance aborda temas tão diversos como a crise de crescimento na adolescência, o medo de viver e amar, a sensação de culpa e remorso e a procura de redenção.
Ganhou o prémio Stregga e a menção honrosa do Campiello, os dois prémios literários mais importantes de Itália, e está a ser traduzido em mais de 20 países.
Saverio Costanzo adaptou ao cinema este best-seller.