terça-feira, 22 de novembro de 2016

CONTANDO UMA HISTÓRIA


É sempre uma agradável surpresa ver o retorno do nosso trabalho. Neste caso, o fruto de uma história contada na Biblioteca da  Escola Básica de Pias, pelo Professor Bibliotecário à turma P4A. 

Os alunos desta turma do 4.º ano de escolaridade, sob a orientação da professora Carminda Moreira, através de um trabalho conjunto, resumiram de forma muito clara e concisa a história que ouviram, terminando com  o valor moral implícito  na história.
  
E como as ilustrações enriquecem sempre qualquer história, estes alunos complementaram o seu trabalho com um belo desenho.

Parabéns!

A Professora
Helena Magalhães
(Equipa da BE)


A semente de verdade

Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping que tinha um talento especial para cultivar flores. Cada planta tocada por ele, crescia viçosa e forte.
O imperador não tinha filhos, nem parentes próximos, para lhe suceder. Então, decidiu convocar todas as crianças do reino, incluindo Ping, para escolher um sucessor entre elas.
O imperador gostava muito de pássaros e de outros animais, mas preferia as belas flores. Ele próprio cultivava o seu jardim.
No dia marcado, todas as crianças se dirigiram ao palácio, onde o imperador lhes deu uma tarefa. Entregou-lhes sementes para eles cultivarem, disse-lhes que o prazo era de um ano e, que o trono seria daquele que trouxesse a flor mais formosa.
Como Ping era um excelente jardineiro, pensou que iria cultivar a melhor flor... Porém, por mais que ele se esforçasse, a semente não brotava da terra.
Após um ano, a semente continuava igual, sem germinar. Ping sentia-se envergonhado por ter que apresentar o seu vaso vazio ao imperador, perante todas as crianças.
O pai de Ping encorajou-o, dizendo-lhe que ele tinha dado o seu melhor, aplicando todos os seus conhecimentos sobre as plantas, por isso, deveria ir ao imperador e dizer toda a verdade, pois devemos ser sempre honestos e verdadeiros.
Ping, depois de ouvir o pai, rumou até ao palácio. No entanto, ao chegar, ficou assustado e nervoso, pois era a única criança que não levava consigo uma belíssima flor.
O imperador chamava as crianças, observava as flores, não sorria, nem mostrava contentamento.
Ping, intencionalmente, foi ficando para trás, sendo o último da fila e, quando se apercebeu, era a sua vez!...
Ping não conseguiu evitar as lágrimas, baixou a cabeça, pediu perdão e explicou que, por mais que se esforçasse, a semente não brotava.
O imperador disse-lhe para não se envergonhar, porque ele tinha feito o que era correto. Disse-lhe também que a sua grande virtude foi dizer a verdade, pois ele tinha queimado todas as sementes e nenhuma poderia germinar. Ele tinha sido o único que, de facto, tinha plantado a semente da verdade, por isso, seria o futuro imperador.
Nem sempre a verdade é bonita como uma flor, mas precisamos de encará-la com coragem, para deste modo, vencermos os desafios que se nos apresentam ao longo da nossa vida!

P4A



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